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Debate é marcado por acusações e confusão

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Troca de acusações resultou em plateia inflamada e apoiadores expulsos do local, além de PM do lado de fora

O terceiro debate entre os candidatos ao Governo do Estado, realizado na noite desta segunda-feira (19) foi marcado por troca de provocações. O tempo de pouco mais de três horas teve ataques que inflamaram apoiadores retirados do local, enquanto outros brigaram do lado de fora. Além da troca de farpas, os temas propostos foram explorados em sua maioria com foco na população com renda mais baixa.

Com a mediação do jornalista André Luiz Azevedo, que atuou por quase 40 anos na Rede Globo, o debate foi promovido pelo site Midiamax, no auditório do Crea-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia).

Durante as provocações, os candidatos usaram números de investimentos apontados como insuficientes ou supérfluos em gestões, aplicação de impostos e trouxeram à memória dos eleitores investigações sobre corrupção.

O penúltimo bloco foi “apimentado” com a participação de um terceiro candidato para comentar o tema discutido pelos dois primeiros sorteados. Foi aí que as provocações se intensificaram.

Palanque nacional – Candidatos apoiadores do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL) evocaram o pleito nacional ao discutir suas pautas para mostrar a preferência, enquanto candidatos adeptos do candidato Luís Inácio, o “Lula” (PT), aproveitaram parte do tempo para fazer campanha do petista.

Apoiadores expulsos – Com torcidas munidas de bandeiras, balões e até carro de som, os oito candidatos puxaram quase todos os temas para o aspecto social, fazendo promessas de inserir no plano de governo a população que tem renda menor que três salários mínimos.

O debate foi marcado por interrupções da plateia, durante embate entre Marquinhos e Riedel. A discussão teve que parar e a comissão julgadora decidiu dar mais tempo para Marquinhos falar novamente, momentos depois que apoiadores dos dois candidatos foram retirados da plateia.  Do lado de fora, houve briga entre apoiadores e a Polícia Militar teve que intervir, inclusive com o Batalhão Choque.

Apoiadores reunidor do lado de fora do local do debate (Foto: Alex Machado)
Tudo aconteceu quando Marquinhos respondia às provocações de Riedel sobre a qualidade e reclamações da população ao atendimento da saúde básica, ou seja, das UBS (Unidades Básicas de Saúde). Marquinhos rebateu e ainda teve tempo ressarcido pela organização do debate.

Corrupção – O ex-governador André Puccinelli (MDB) recebeu questionamentos sobre corrupção. Ao falar de programas sociais, Renan Contar, o “Capitão Contar” alfinetou dizendo que faria tudo sem corrupção. O candidato Adônis Marcos (Psol) foi mais fundo e perguntou claramente se Puccinelli se arrependia das práticas durante seu governo.

Puccinelli respondeu falando de propostas e acabou mudando de assunto, chegando ao tema de feminicídios e desenvolvimento sustentável. “Respondeu, mas não me convenceu. Estou falando de corrupção. Quando foi governador, o senhor [Puccinelli] fez muitas coisas boas na questão da habitação. Queremos fazer mais. Não quero que meus gestores respondam a processo judicial”, disse Adonis.

Puccinelli então entrou no assunto. “Fui perseguido, isso foi público e notório. Tenho convicção de que justiça dará a idoneidade que tenho. Terei tolerância zero com crimes, inclusive os do colarinho branco”, respondeu o ex-governador.

Rose Modesto (União Brasil) citou denúncias de corrupção no Proinc (Programa de Inclusão Profissional) e assédio para atacar Marquinhos. Ela criticou promessas aos servidores públicos que alegaram não terem sido cumpridas pelo ex-prefeito. Em troca, Marquinhos disse que Rose não fez projetos pelo programa de inclusão e também esteve envolvida no que chamou de “escândalos”.

Alguns ataques não foram direcionados. Contar disse que servidores estariam sendo coagidos a ir em reuniões políticas e fazer postagens em redes sociais, mas não disse a quem se referia.

Riedel pediu voto para a candidata ao Senado Tereza Cristina (Progressistas) e rebateu críticas ao governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) expondo dados e números, além de enfatizar seu apoio ao presidente Bolsonaro.

Manifesto – Magno Souza (PCO) reafirmou seu compromisso em utilizar o pleito unicamente para se manifestar a favor da demarcação de terras indígenas e contra injustiças contra as comunidades, inclusive aproveitando para falar em sua língua materna, o Guarani.

Gisele Marques (PT) pegou carona no assunto para expor as pautas sociais do partido e, por várias vezes, mencionou a candidatura de Lula, pedindo voto.

Conteúdo retirado do Campo Grande News.