Nesta quinta-feira (15), foi encerrado o período de 90 dias do vazio sanitário para o plantio de soja em Mato Grosso do Sul. A partir de agora, produtores podem iniciar o plantio e cultivo do grão.
Durante o período de vazio sanitário, os produtores ficaram sujeitos à multa caso houvesse cultivo e presença de plantas vivas de soja.
Segundo a gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Glaucy Ortiz,a partir de hoje (16), produtores já podem fazer a semeadura da oleaginosa no Estado, com fim do período de plantio no dia 31 de dezembro.
Sobretudo, realizar o cadastro de área cultivada é obrigatório, junto ao site da Iagro, disponível neste link aqui. Este deve ser realizado no período entre 1º de setembro e 10 de janeiro.
Conforme explicado pelo titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, os produtores já iniciam agora toda a questão de preparo de terra e plantio com muita expectativa.
“Vamos superar os três milhões e 740 mil hectares que foi o recorde da produção de soja do ano passado. É a cultura com a maior área do Estado e com melhor produtividade tecnológica, além de possuir produtores altamente capacitados que colaboram para que Mato Grosso do Sul seja o quinto maior produtor de soja do Brasil”, disse.
Vazio sanitário
Como já noticiado pelo Correio do Estado, o vazio sanitário da soja é uma medida que segue determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O Mapa defende que a ação é importante para o controle da ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
Durante o vazio sanitário, não é permitido nem sequer manter vivas as plantas de soja que estejam em qualquer fase de desenvolvimento.
Desse modo, espera-se minimizar o máximo possível os impactos negativos durante a safra seguinte, os quais podem ser causados pela doença.
Ferrugem Asiática
A Ferrugem Asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estágio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos podem variar de 10% a 90% da produção.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.