Dados levantados pelo Departamento Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) mostram que o volume de crédito rural utilizado em Mato Grosso do Sul já atingiu R$ 4,7 bilhões nos meses de julho e agosto deste ano.
Esse número é 49,9% maior se comparado ao mesmo período de 2021.
Segundo a Famasul, os valores fazem parte da distribuição dos recursos do Plano Safra 2022/2023, que começou a ser utilizado no segundo semestre.
Conforme divulgado, a maior parte do crédito acessado foi destinado ao setor agrícola, correspondendo a 76,15% do crédito do Estado. O percentual é equivalente a cerca de R$ 3,5 bilhões.
Segundo o analista de economia, Jean Américo, o crédito agrícola foi utilizado em grande parte pela modalidade de custeio, sendo cerca de 80,81%.
“12,69% foram utilizados pela modalidade de investimento, 5,55% pela comercialização, e 0,95% pela industrialização”, destaca.
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Sobretudo, os dados indicam que o volume destinado ao custeio foi 152,12% maior em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Enquanto o investimento e comercialização sofreram reduções de 26,92% e 19,31%, respectivamente. A industrialização aumentou 20,35%.
A soja representa 81% do custeio da safra com insumos e colheita, o milho utiliza 15% do valor, os outros 4% são utilizados em culturas diversas.
Plano Safra
O Plano Safra foi instituído em 2003 para fomentar a produção rural brasileira.
A cada ano, uma quantia é destinada pelo governo federal para investimento ou para custeio, industrialização e comercialização dos produtos agrícolas.
Em contexto nacional, é o maior incentivo financeiro para a área.
Em junho deste ano, o governo federal lançou o Plano Safra 2022/2023, que disponibilizou um total de R$ 340,88 bilhões em financiamentos para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano, em todo o território nacional.
O valor, segundo o Ministério da Agricultura, representa aumento de 36% em relação ao Plano Safra anterior, que disponibilizou R$ 251 bilhões aos produtores rurais.
Do total de recursos disponibilizados, R$ 246,28 bilhões são destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 39% em relação ao ano anterior. Outros R$ 94,6 bilhões são para investimentos, um incremento de 29%.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.