De irmãos, casais a primos; Eleições de 2022 é disputada por diversas famílias que disputam o poder
Na história do Brasil é comum que famílias tradicionais disputem o jogo politico e os grandes cargos da República, nomes já familiarizados como os Collor de Melo, os Ferreira Gomes, os Sarneys, os Calheiros entre outros nomes tão famosos em nosso pais, são lembrados por ter construídos suas dinastia no poder público brasileiro.
Mas essa particularidade também é realidade do nosso jovem estado, o Mato Grosso do Sul. Se é claramente notável que algumas famílias ingressaram na politica para que com isso consigam se manter no “jogo das cadeiras” do poder do Estado. Porém quando se fala em famílias tradicionais na politica local é quase inegável que se relembre da família Trad. Com um irmão já eleito no Senado, a nova missão dos Trad tem sido garantir a reeleição de Fabio Trad ao cargo de Deputado Federal, o que justifica o valor investido em recursos recebidos de cerca de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) para a sua campanha. Outra missão da família é conseguir eleger o ex-prefeito da Capital, Marcos Trad (PSD) a governador do Estado, missão que talvez seja a mais complicada visto os ocorridos que vem sido divulgados pela imprensa local e nacional. Além de Marcos e Fabio, os Trad querem eleger Otavio Trad, atualmente vereador da Capital, junto os irmãos Trad pegaram de recursos recebidos mais de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) para garantir seu sucesso nessas eleições.
Além disso o primo da família Trad, Henrique Mandetta (UNIÃO BRASIL), irá concorrer essa eleição como Senador da República. Mandetta é ex-Ministro da Saúde e teve sua notoriedade em proporções nacionais no meio do ano passado quando chegou a ser cotado a vaga de presidente da República. Por sua relevância nacional e por disputar a única vaga ao cargo os recursos investidos em Mandetta é de mais de R$ 2.000.000,00 (três milhões de reais) além de receber doações privadas.
Outra famílias que começaram a aderir a mesma prática são os partidos de direita, que outrora, criticavam essas práticas. O Próprio candidato a Governador do Estado, o Deputado Estadual Capitão Contar, tenta emplacar além de si mesmo a sua esposa a empresária Iara Diniz. Sua mulher irá concorrer ao cargo de Deputada Estadual, o que criou muita insatisfação em setores da militância do Deputado. Além deles outra família que quer entrar na disputa eleitoral são os Aranda, o casal Juliana e Arilson Aranda são candidatos nessa eleição para a vaga de Deputado Estadual e Federal.
Outras famílias que são bem conhecidas no meio politico de Mato Grosso do Sul, são os Modestos que tiveram na conjuntura passada os dois irmãos eleitora para Deputados Federais e Estadual, na oportunidade Rose foi a Deputada Federal mais votada nas eleições. Outros candidatos que mantém longa história na politica são os Machado, que contaram com a filha de Londres no mandato passado e o pai nessa atual na Assembleia Legislativa. A família Figueró também participa diretamente das eleições, tendo nessa campanha, Beto figueró como vice do Capitão Contar e Otávio Figueró concorrendo para Deputado.
Em 2020, o promotor Sergio Harfouche, que concorria para Prefeito da Capital, tentou emplacar seu filho como vereador, ambos não tiveram sucesso.
Além disso outros candidatos também pretendem recuperar as glórias de suas famílias voltando para os holofotes da politica. Entre eles tem o caso de Pedrossian Neto, que visa uma vaga na Assembleia Legislativa dessas eleições. Outro nome é o de Flavio Almi, filho do então falecido Deputado Estadual do PT Cabo Almi, quer entrar na politica e refazer a trajetória de seu pai.
Vale ressaltar que esse comportamento não é uma especialidade do nosso Estado, outros estados brasileiros também é visto essa prática com frequência.
