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Simone e Soraya se unem em defesa das mulheres e contra Bolsonaro

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As senadoras sul-mato-grossenses e candidatas à Presidência da República, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) mantiveram tom amistoso entre si no primeiro debate presidencial, realizado nesse domingo (29).

Ambas defenderam pautas a favor das mulheres e se manifestaram contra o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PSL), mas também teceram críticas ao governo do PT.

Além de colegas na bancada feminina do Senado e ex-integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Simone e Soraya também são advogadas e a emedebista já foi professora da candidata do União Brasil, fato que foi destacado por ambas no debate.

Únicas mulheres presentes, no primeiro bloco ambas perguntaram entre si e não houve ataques. 

Nas redes sociais, ambas se destacaram e houve memes sobre a formação de uma dupla sertaneja, devido à similaridade de nomes com a ex-dupla Simone e Simaria.

Em determinado da entrevista, o presidente atacou a jornalista Vera Magalhães que fez um questionamento para Ciro Gomes (PDT) e Bolsonaro sobre a desinformação na cobertura vacinal no Brasil.

Bolsonaro não respondeu a pergunta e atacou a jornalista.

“Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas ao meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, disse 

Simone Tebet e Soraya Thronicke saíram em defesa de Vera e criticaram o presidente por ofender mulheres.

Na sua vez de perguntar, Simone escolheu Bolsonaro e questionou o motivo dele ter “tanta raiva de mulheres”.

“Quero dizer ao presidente que fabrica fake news e diz inverdades: eu não tenho medo de você, dos seus robôs ou dos seus ministros”, declarou Simone.

Bolsonaro reagiu às críticas, negando ataques.

“A senhora [Simone] é uma vergonha para o Senado, não vem com essa historinha de que eu ataco mulheres, de se vitimizar”, afirmou.

Ele afirmou ainda que Tebet estava escondida quando as médicas Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro, que defenderam o tratamento precoce para covid-19, foram atacadas na CPI da Covid e disse que a candidata estava fazendo mimimi e vitimismo.

“Eu defendo as mulheres. Quando eu defendo a arma, em especial no campo, é para dar chance de a mulher se defender”, afirmou.

Tebet respondeu que Bolsonaro destila ódio e é uma fábrica de fake news. “Lugar da Presidência é lugar de exemplo, de coisa séria.”

Bolsonaro, então defendeu uma agenda conservadora: a favor da propriedade privada, contra aborto e contra liberação das drogas.

Soraya não teve a chance de perguntar diretamente ao presidente, devido as regras do debate que estabeleceram a ordem, e não houve embate direto.

Bolsonaro poderia escolher entre Simone e Soraya para responder a uma pergunta, mas direcionou o questionamento à Ciro Gomes.

Soraya, no entanto, em seu momento de fala, disse que em Mato Grosso do Sul as mulheres viram onça e que ela é uma delas, acrescentando que o presidente é “tchutchuca com outros homens, mas vira tigrão com as mulheres”.

A senadora também criticou várias medidas adotadas por Bolsonaro em seu governo e afirmou que teria coisas a entregar, sem detalhar o que seria.

“Do jeito que está, eu vou começar a entregar muita coisa aqui. Reforça minha segurança, delegado!”, disse.

Simone Tebet e Soraya Thronicke também criticaram várias medidas adotadas no governo do PT, especialmente a corrupção.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.

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