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Consumidores buscam alternativas para economizar o gás de cozinha

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No Estado, o valor do botijão de 13kg está 30,13% mais caro comparado com o ano passado

Em Mato Grosso do Sul, o gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido dos lares, teve um aumento de 30,13% em comparação com 2021.  

Mesmo com as reduções do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), não houve mudanças no valor do gás de cozinha no Estado.  

Dessa maneira o consumidor busca alternativas para que o botijão dure mais tempo. Como é o caso do comerciante Jairo Balbino, 61 anos. 

“Na minha casa a gente usa o fogão no fim de semana e duas vezes na semana, já preparamos as refeições para os outros dias e então usamos só o microondas para aquecer a comida. Banho quente também é bem raro, só em dias muito frios, o restante é água fria mesmo”, comenta.  

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média de valor do botijão de 13kg em junho de 2021 estava R$ 85,75, enquanto em junho de 2022 esse valor foi para R$ 111,59, e se mantém em Mato Grosso do Sul.

Em Campo Grande, em levantamento realizado pela ANP na última semana de julho de 2022, era possível encontrar botijão sendo vendido até por R$ 115,00.

No caso do vendedor de doces, Gilson Cunha, 41 anos, a saída que encontra para economizar é o preço de venda de seus produtos. 

“Infelizmente eu não posso parar de trabalhar, tenho que lidar com os valores do gás, dos ingredientes e a forma que eu encontrei foi aumentar o valor das cocadas que vendo. Eu também fazia salgados e parei, pelo gasto na produção”.  

O valor do botijão é composto pela margem de revenda, margem de distribuição, o preço de produção e os tributos.

Em relação a revenda, passou de R$ 20,16 para R$ 28,80, causando um aumento percentual de 42,86% em um período de um ano.  

Já o valor de distribuição, houve um aumento de 45,52%, pois em junho do ano passado estava R$ 13,07 e esse ano chegou a R$ 19,02.  

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás) Zenildo do Vale, o gás precisava ser o primeiro item a ter redução de valores.

“Está previsto um aumento para as distribuidoras, esperamos que isso não ocorra. O valor do gás deveria ser o primeiro a diminuir, é um item básico para a população, as pessoas precisam comer”.  

Auxílio Gás  

A Caixa Econômica Federal anunciou no início de agosto um valor de R$ 110 para o Auxílio Gás. 

Até dezembro, cerca de 5,6 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) receberão o benefício com o valor dobrado, que equivale a 100% do valor médio atual do botijão de 13 quilos.

Essa medida ocorreu por causa da emenda constitucional que elevou os valores dos benefícios sociais. Em 2023, o benefício voltará para 50% do valor médio do botijão.

O pagamento desse auxílio é realizado a cada dois meses, de acordo com o dígito final do Número de Inscrição Social (NIS).  

Para calcular o benefício, a Caixa Econômica Federal baseia-se nas pesquisas da (ANP), que até o décimo dia útil de cada mês divulga o preço médio dos seis meses anteriores do botijão de 13 quilos. 

Dessa forma, a cada dois meses, o benefício muda de valor.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.