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Em protesto, guardas municipais prometem acampar a partir de hoje no Paço Municipal

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Em contrapartida, prefeitura garante que já está cumprindo “integralmente” com o que foi acordado com o sindicato

Os guardas civis metropolitanos prometem montar um acampamento a partir de hoje (19) no canteiro da Avenida Afonso Pena, em frente do Paço Municipal, como forma de protesto. Isso porque, segundo a categoria, por intermédio do presidente do SindGM/CG (Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos de Campo Grande), a prefeitura enviou um documento com informações que diferem do combinado entre as partes [sindicato e prefeitura] na reunião, que ocorreu na última semana.

Entretanto, a manifestação dos guardas já começou ontem (18) com uma marcha da Praça do Rádio até o Paço Municipal. E, justamente, por não serem recebidos por ninguém do Executivo, que deliberaram pelo acampamento a partir desta terça-feira. “Queríamos falar coma prefeita, porque nós tivemos uma reunião na semana passada onde chegamos a um acordo, mas, quando o documento chegou até o sindicato para que pudéssemos apresentar para a categoria, vimos que não condizia com o que acordamos, principalmente em relação aos plantões”, disse o presidente do SindGM/CG, Hudson Bonfim.

Foto: Nilson Figueiredo

De acordo com Bonfim, os guardas não recebem pelos plantões realizados conforme a Lei Municipal nº 190/2011 prevê no artigo 112, que dispõe sobre o pagamento dos plantões. “O que deve ser feito é dividir o valor do salário pela carga horária e aplicar 50% sobre o valor da hora em dias de semana e de 100% nos fins de semana. Mas, hoje, os guardas recebem por plantão o valor fixo de R$ 168”, explicou.

O presidente afirmou ainda que na conversa com a prefeita a lei começaria a ser aplicada para a categoria a partir de 1º de agosto, algo que não foi confirmado no ofício enviado pelo município. “Lá eles falam até em contratar uma empresa terceirizada de vigilantes para o trabalho que é nosso, mas nós temos um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que veta a contratação de uma terceirizada. E outra coisa: se tem dinheiro para pagar uma empresa, tem de ter dinheiro para pagar corretamente nossos plantões”, assegurou.

Contudo, por nota, a prefeitura informou que está cumprido integralmente o acordo firmado com o Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos e que os plantões estão sendo pagos com base nos critérios firmados com a entidade sindical. E sobre a periculosidade, outra reivindicação dos guardas municipais, o município esclareceu que já está em processo de contratação a empresa que fará o laudo para definir o grau de periculosidade, compatível com a atividade desenvolvida pelos profissionais.

Segundo informações, assim que os manifestantes chegaram ao Paço Municipal, o secretário de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, foi chamado pela prefeita Adriane Lopes para uma reunião. Mas até o fechamento desta edição não tivemos informação sobre o que ficou definido entre a secretaria e o município.

Concurso

Desde a primeira manifestação dos GCMs, no dia 7 de julho, que a convocação dos candidatos aprovados em todas as fases do concurso da entidade para início do curso de formação dos novos guardas também faz parte da pauta da categoria. Mas essa reivindicação já teve uma resposta, o município já publicou, conforme noticiado por O Estado, com 15 dias de antecedência, a convocação dos 388 classificados que farão o curso a partir de 1º de agosto.

“Agora o que queremos é um documento que comprove que o curso de formação realmente começará no dia 1º de agosto. Tem muita gente de fora que largou tudo para assumir esse concurso, queremos um documento concretizando essa informação”, disse o vice-presidente do SindGM/ CG, Alberto da Costa.

Movimento

No movimento de ontem (18) participaram cerca de 80 guardas civis metropolitanos. Para que eles pudessem marchar da Praça do Rádio até o Paço Municipal, uma viatura da PM (Polícia Militar) fez a escolta e auxiliou no trânsito da Avenida Afonso Pena. Enquanto marchavam, os agentes gritavam por respeito e ao chegaram à prefeitura cantavam o Hino Nacional. No local foram recebidos pelo chefe da segurança, coronel Ajala.

Vale ressaltar que a categoria foi impedida pela Justiça de fazer greve, mas, segundo o presidente do sindicato, eles seguem se manifestando até conseguir ter suas reivindicações atendidas pelo município. Ao todo, a GCM conta com um efetivo de 1.030 agentes. Conteúdo retirado do O Estado.