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Evento nacional feito em Campo Grande incentiva paratletas de MS

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Primeira etapa do Meeting de Paratletismo deste ano será realizada neste sábado, com disputas no Parque Ayrton Senna e na Funlec

Com cerca de 94 competidores inscritos, divididos entre atletismo e natação, a primeira etapa do ano do Meeting de Paratletismo será disputada em Campo Grande, amanhã, a partir das 8h. O evento quer incentivar os atletas desta categoria a praticarem o esporte em Mato Grosso do Sul.

O evento inclusivo ocorrerá em dois locais, com atletismo no Parque Ayrton Senna, reunindo 74 esportistas na pista, e natação na Fundação Lowtons de Educação e Cultura (Funlec), com 20 competidores.

O Meeting Paralímpico é idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2021. Tem como objetivo coroar o desenvolvimento da prática esportiva nos municípios e estados do País.

A competição está sendo aguardada pelos paratletas do Estado, que, além dos benefícios à saúde que o esporte proporciona, também almejam o pódio.

É o caso de Dalton Andrade, de 20 anos, que disputa no atletismo as provas de 100 metros e 200 metros. O paratleta deficiente visual começou no esporte por meio de um convite para representar sua escola nos jogos escolares.

Já nas primeiras competições na categoria escolar, em 2017, Dalton conseguiu bons resultados, vencendo as provas de 100 m, lançamento de dardo e arremesso de peso. O feito do paratleta fez com que ele começasse a treinar para competições de nível nacional.

Multicampeão no esporte escolar, Dalton disputou, em maio deste ano, o Campeonato Brasileiro de Atletismo Paralímpico, na categoria adulta, conquistando no evento a medalha de bronze nos 100 m classe T11 (atletas cegos com atletas-guias).

“Estou acostumado a participar de várias competições, já entro de cabeça fria e preparado para a prova. A minha favorita é a de 100 m, é gostoso demais disputar esta prova, que é umas das principais do atletismo. Eu amo fazer isso”, disse Dalton.

Carla Regina, de 23 anos, também vem se preparando para o Meeting de Paratletismo. A atleta tem hidrocefalia e participa de competições desde os 9 anos de idade.

Sua entrada no esporte proporcionou diversas experiências de viagem para São Paulo, Goiânia e Londrina.  

A atleta já conta com 44 medalhas no paradesporto, a última conquistada foi no ano passado, na primeira edição do Meeting, realizada em Londrina (PR).

Nesta edição do Meeting no Estado, Carla terá a oportunidade de competir na pista com a qual está mais familiarizada.  

“Eu vim aqui no dia de inauguração da pista do Parque Ayrton Senna. Por morar longe, estou há um tempo sem treinar, mas gosto de ser atleta e sei todas as regras”, pontuou Carla.

Robson Adriano Barbosa, de 18 anos, antes de iniciar no atletismo, praticava apenas futebol na escola. Em 2017, recebeu um convite para ingressar na modalidade.

O jovem pegou gosto pelo atletismo, disputando competições nas categorias de 100 m, 200 m, 400 m e salto em distância. O paratleta já tem conquistas de nível estadual e municipal no atletismo. Robson também já levou para casa três medalhas de ouro, em suas primeiras participações no Campeonato Brasileiro de Paratletismo, disputado em São Paulo.

Agora o jovem segue em preparação para repetir os mesmos feitos no Meeting Nacional em Campo Grande. “Sempre participei de competições aqui, então, quero dar o meu melhor. Vai ser bem intenso por ser no estado onde eu moro”, ressaltou Robson.

PROJETO SPRINT

Os três paratletas entrevistados pelo Correio do Estado fazem parte da Sprint Social, que é umas das associações de Mato Grosso do Sul que estão inscritas no Meeting.

O projeto, localizado no Bairro Tarumã e que tem parceria com a Escola José Bonifácio, teve seu início em 2015, com o nome de Associação Seninha de Atletismo. Em 2019, a associação passou a se chamar Sprint Social.

O objetivo do projeto é dar aulas de atletismo para atletas convencionais e paratletas, da base até competidores de alto rendimento, que almejam disputar as grandes competições profissionais.

Segundo o técnico do projeto Sprint Social, Daniel Sena, os alunos começam a ter a curiosidade de praticar atletismo e, logo, com a ajuda da associação, começam a se desenvolver na modalidade.  

“O grande legado da Sprint Social é dar uma oportunidade para o jovem conhecer o atletismo, trabalhando os valores e a disciplina que o esporte proporciona”, declarou Daniel Sena.

Com experiência de 18 anos dando aulas no paradesporto, o técnico ressalta a importância do esporte para as pessoas com deficiência.

“Eu acredito muito no esporte como uma das principais ferramentas transformadoras, é muito importante trabalhar com a autoestima da pessoa. É uma oportunidade de os jovens conhecerem o esporte e mudarem de vida”, disse. Conteúdo retirado do Correio do Estado.

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