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Em meio a avanço de casos, ampliação da vacinação entra em discussão

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Ministério da Saúde autorizou a imunização com a 4ª dose para pessoas com 50 anos ou mais apenas em 4 de junho; MS já aplica desde março

Casos positivos de Covid-19 voltaram a crescer em Mato Grosso do Sul. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que, entre os dias 7 e 14 deste mês, o Estado registrou 4.090 novas infecções, um aumento de 57,6% levando em conta os 2.594 casos positivos da primeira semana de junho, entre os dias 31 de maio e 7 deste mês.  

Ao Correio do Estado, a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, afirmou que a quarta onda de contágio do coronavírus está sendo acompanhado de perto pelo Ministério da Saúde, e que a prioridade é reforçar a vacinação com a terceira e a quarta doses.  

“O País já está na quarta onda de contágio e, aparentemente, os casos de Covid-19 estão sendo menos graves”, pontuou. 

Em relação à diminuição da faixa etária para aplicação da quarta dose, Melo reiterou que, apesar de o tema estar sendo discutido pelos estados, o Ministério da Saúde ainda não recomenda a imunização com a segunda dose de reforço para a população abaixo dos 50 anos.

“A nossa orientação é para que a vacina seja aplicada para as pessoas com 50 anos ou mais, e que os estados aguardem por novas definições do Ministério da Saúde”, afirmou Rosana.  

O Ministério da Saúde autorizou a imunização com a quarta dose para pessoas acima de 50 anos apenas em 4 de junho. 

Em estágio mais avançado em comparação com as outras unidades da Federação, MS aplica a segunda dose de reforço para a faixa etária com mais de 50 anos desde o dia 22 de março.

Tanto para os adultos elegíveis como para os adolescentes entre 12 e 17 anos, o Ministério da Saúde recomenda que a dose de reforço seja aplicada quatro meses após a segunda dose, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da vacina aplicada anteriormente.  

O ex-secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul Geraldo Resende (PSDB), que também é pré-candidato a deputado federal, acredita que a aplicação da quarta dose contra o coronavírus deve ser liberada para a faixa etária da população acima dos 40 anos em Mato Grosso do Sul.  

“Pessoalmente, defendo a quarta dose para a população com 40 anos ou mais. Temos vacina em estoque, há um número muito expressivo de infectados e estamos suscetíveis à quarta onda de contágio. Só não estamos em uma situação epidemiológica pior porque tivemos intensa vacinação em Mato Grosso do Sul”, salientou.  

Em nota, a SES informou que, referente à redução de idade para ampliação do público para a vacinação da Covid-19, “a Pasta aguarda novas recomendações e diretrizes do Ministério da Saúde e do Programa Nacional de Imunizações (PNI)”. 

De acordo com a secretaria, Mato Grosso do Sul dispõe, em estoque, de 385.060 doses de vacinas contra o coronavírus.

Positividade

Conforme dados do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS), de 2.370 análises feitas no mês de abril, 74 testes foram positivos para o coronavírus, uma média de um caso confirmado a cada 32 amostras. 

De 3.231 exames analisados neste mês, 367 foram confirmados com a doença, um salto de uma infecção a cada oito testes.  

Causas

Em entrevista ao Correio do Estado no início deste mês, o infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda explicou que o aumento de casos positivos de coronavírus pode ser relacionado à flexibilização total das medidas protetivas, ao período sazonal de transmissão de vírus respiratórios e à baixa adesão à terceira dose em adultos e à quarta dose em idosos.  

“O aumento da taxa de transmissão [RT] indica uma quarta onda, com menos internações”, reiterou. Depois de quase três meses de estabilidade, a taxa de transmissão da Covid-19, classificada como RT, voltou a crescer no País em 9 de maio, ao romper o teto de segurança definido como 1.

Nesta quarta-feira, a taxa de transmissão era de 1,73, o que, na prática, significa que, a cada 100 pessoas positivas para Covid-19, mais 173 serão contaminadas com a doença.  

De acordo com levantamento da Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia feita pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), a taxa de contágio na Região Centro-Oeste é ainda maior, com o RT em 1,87, o que estima que 100 pessoas com a doença contaminem mais 187.  

Internação

De acordo com a SES, dos 5.101 casos ativos de coronavírus no Estado, 36 são de pessoas hospitalizadas. Dessas, 23 estão em leitos clínicos e 13 em unidades de terapia intensiva.  

A taxa de ocupação de leitos de UTI no Sistema Único de Saúde (SUS) por macrorregião de internação é de 62% em Campo Grande, 57% em Dourados, 65% em Corumbá e 40% em Três Lagoas. Conteúdo retirado do Correio do Estado.