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Redução de gás da Bolívia gera menos arrecadação em MS

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Bolívia cortou em 30% o fornecimento do insumo e irá impactar em MS, que cobra imposto na importação

O governo de Mato Grosso do Sul pode deixar de arrecadar R$ 50 milhões por mês de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com o corte de 30% do fornecimento do gás natural da Bolívia.

A informação foi repassada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em evento na manhã desta terça-feira (24).

Mato Grosso do Sul tem legitimidade ativa para cobrar Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre gás natural importado da Bolívia pela Petrobras.

Nesta segunda (23), a Petrobras confirmou que a estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) cortou em 30% o fornecimento do insumo – ou cerca de seis milhões de metros cúbicos por dia.

Segundo Azambuja, esse corte afeta a vinculação com o ICMS sobre o gás, impactando o Estado.

“Isso diminui mensalmente perto de R$ 40 a R$ 50 milhões a arrecadação de ICMS, é uma preocupação se manter isso”, disse Azambuja.

O governador afirma também que há possibilidade de que o corte no fornecimento seja um “ajuste momentâneo” da empresa e que a expectativa é que volte aos patamares anteriores.

“Espero que eles voltem ao bombeamento normal para que a gente não tenha um impacto tão grande nessa diminuição da arrecadação do ICMS sobre o gás para Mato Grosso do Sul”, concluiu Azambuja.

Redução no fornecimento do gás natural

A Petrobras informou que terá de importar mais gás natural liquefeito (GNL) em meio à disparada do preço no mercado internacional. 

A queda de 30% na redução do fornecimento reduz o alívio sentido pela Petrobras no primeiro trimestre do ano, quando comemorou a redução de importação de GNL e a consequente queda nos custos.

Segundo a Petrobras, a YPFB ainda não explicou o motivo do corte.

A petroleira brasileira informou que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para que a YPFB cumpra o contrato que mantém com a empresa.

Segundo fontes próximas ao assunto, o corte teria sido motivado pelo início do fornecimento de gás da Bolívia para a Argentina por preços melhores do que os praticados pela Petrobrás.

Com a guerra entre Rússia e Ucrânia o preço do GNL disparou no mercado internacional.

 Se na pandemia o milhão de BTU (medida usada na comercialização do insumo) era negociado a US$ 5, ontem o preço girava em torno de US$ 27 o milhão de BTU, depois de já ter batido US$ 34. Conteúdo retirado do Correio do Estado.