Todas as UPAs serão reformadas e serviços à população serão ampliados
A Prefeitura de Campo Grande anunciou, nesta semana, um pacote de melhorias para a área da saúde a serem executadas que prevê desde a reforma de todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Município à ampliação de serviços e atendimentos.
Nas projeções estão ainda a construção e reforma de unidades básicas, investimentos em tecnologia e na expansão e consolidação de serviços voltados à melhoria da qualidade da assistência prestada à população, além do planejamento para garantir o abastecimento de medicamentos e insumos essenciais.
A expectativa é de que já nos próximos 60 dias, Campo Grande passe a contar com mais uma nova unidade de saúde, no Jardim Santa Emília.
“É uma unidade aguardada há mais de 30 anos pelos moradores da região e que vai beneficiar mais de 15 mil pessoas com atendimento de qualidade.”, destaca a prefeita Adriane Lopes.
No início do mês, a prefeita esteve em visita técnica acompanhando o andamento da obra e reiterou o compromisso em investir na qualidade da assistência prestada para oferecer os serviços necessários à população campo-grandense.
“Nós estivemos na região ouvindo os moradores e sabemos da necessidade de uma unidade de saúde mais próxima para atendê-los. Ouvimos relatos de pessoas que precisam percorrer longas distâncias sem mesmo ter condições para buscar atendimento. E, em breve, vamos poder oportunizar que elas tenham um melhor acesso e com atendimento de qualidade, esse é o nosso objetivo”, complementa.
A construção de outra unidade, no Jardim Presidente, deve ser concluída e a do Jardim Perdizes iniciada até o fim do ano. No planejamento para os próximos dois anos estão previstas a construção de novas unidades no Jockey Clube e Jardim Parati.
Um novo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para atendimento de dependentes de álcool e drogas também deverá ser inaugurado ainda neste ano. O projeto já foi aprovado pelo Ministério da Saúde e as adequações do espaço que vai abrigar a nova unidade devem ser iniciadas em breve. Outras melhorias para a área da Saúde Mental também estão previstas como a implantação de duas residências terapêuticas tipo II e de uma Unidade de Acolhimento Adulto e a qualificação de dois CAPSs.
O pacote incluí também a reforma e revitalização de ao menos 20 unidades de saúde, incluindo as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os quatros Centros Regionais de Saúde (Sesau), além do Centro de Especialidades Médicas (CEM).
A revitalização das unidades de saúde dos bairros Vida Nova e Jardim Noroeste já foram iniciadas e, nesta semana, a Prefeitura publicou os processos licitatórios para a reforma das unidades de saúde da família da Vila Nasser e Coophavilla e da UPA Vila Almeida.
O CEM, que é referência para o atendimento em especialidades para Campo Grande e 32 municípios do interior, será completamente reformado. Os recursos já estão assegurados e o projeto em fase de finalização.
A unidade irá receber melhorias na acessibilidade e ganhar uma nova central de esterilização de materiais. O investimento previsto é de R$ 10 milhões.
O Município vai investir cerca de R$20 milhões na compra de equipamentos e reestruturação de toda a rede de informática da Saúde.
“Estamos trabalhando com o objetivo de melhorar a saúde da população e o investimento em equipamentos e na rede tecnológica é muito importante, pois contribui na melhoria dos fluxos de trabalho e processo internos. É um grande avanço que trará muitos benefícios, sobretudo no trabalho da Atenção Primária”, diz o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho.
Os recursos devem ser empregados na renovação e aquisição de novos equipamentos de utilização direta dos servidores, como computadores e tablets a serem destinados aos agentes de saúde, assim como na reestruturação da rede tecnológica das unidades de saúde. São mais de 2,5 mil novos computadores e 1,8 mil tabletes.
O sistema de internet das unidades de saúde está sendo modernizado com a implantação da fibra ótica em toda a rede, o que deve solucionar os problemas recorrentes com queda e instabilidade no sinal que acabam prejudicando o atendimento dos usuários.
O convênio com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde para o fortalecimento da Atenção Primária foi renovado até 2024, o que vai assegurar a continuidade na formação de novos profissionais que irão auxiliar no atendimento da população, além de trazer melhorias para as unidades de saúde. O projeto também será expandido para mais três unidade de saúde: USF Paulo Coelho, USF Serradinho e USF Santa Emília.
“É uma conquista para a nossa cidade. Hoje o trabalho desenvolvido na Atenção Primária em Campo Grande é reconhecido nacionalmente. Através da manutenção deste convênio será possível avançar ainda mais”, comemora o secretário.
A Capital passou a contar ainda com o primeiro Programa Municipal de Teleinterconsulta de Mato Grosso do Sul, que já está em funcionamento na unidade de saúde da Moreninha e deve ser ampliado para todas as unidades da Atenção Primária. O objetivo é facilitar o acesso da população a um atendimento especializado e contribuir para desafogar a fila de espera.
Avanços
Nove novas unidades de saúde foram inauguradas em Campo Grande nos bairros: Sírio Libanês, Vila Cox, Oliveira, Azaléia, Dom Antônio Barbosa, Zé Pereira, Cristo Redentor, Arnaldo Estevão Figueiredo e Aero Rancho Granja, entregue em 2021, além de três Clínicas da Família nos bairros Nova Lima, Portal Caiobá e Iracy Coelho. Outras 30 unidades foram ampliadas e reformadas.
Atualmente, o Município conta com 72 unidades básicas e de saúde da família e a oitava maior cobertura de saúde da família entre as capitais.
O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) ganhou uma nova central de regulação e teve 100% de sua frota renovada, além do reforço de duas motolâncias. Foram feitas reformas e construção de novas bases descentralizadas.
Nos últimos dois anos, mais de 1.400 novos profissionais de saúde aprovados em concurso foram convocados, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, farmacêuticos, administrativos, entre outros, superando as 633 previstas no edital.
O Município conseguiu a habilitação no Ministério da Saúde de diversos serviços, desde a Atenção Básica à Especializada, assegurando um aporte anual de R$60 milhões.
“É um recurso que sairia dos nossos cofres e, consequentemente, deixaria de ser investido em outras necessidades”, diz José Mauro Filho.
Outras frentes importantes, como o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypty, também avançaram. Campo Grande é uma das cinco cidades do País escolhidas para integrar um projeto executado em parceria com a Fiocruz, a Word Mosquito Program (WMP) e o Ministério da Saúde, que utiliza a ciência como aliada no combate a dengue, zika e chikungunya.
Na Capital, o projeto “Wolbachia” já está em sua quarta fase de liberação de mosquitos com a bactéria de mesmo nome, capaz de inibir a transmissão destas doenças. Na natureza, os chamados “Wolbitos”, se reproduzem com os mosquitos selvagens criando uma população de mosquitos incapazes de transmitir a dengue, zika e a chikungunya, contribuindo assim para o controle destas doenças.
Na contramão de outras capitais e do Estado, Campo Grande registrou redução recorde nos casos de dengue, se comparado com os últimos quatro anos. O resultado é reflexo das ações desenvolvidas pelo Município mesmo durante o período de pandemia.
A Capital Sul-Mato-Grossense se destaca também por ter uma das maiores coberturas vacinais do país e pelas ações de enfrentamento à Covid-19. Tais avanços fizeram com que Campo Grande fosse escolhida para sediar o maior evento de ações de saúde pública do País, o congresso do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conasems). O encontro que acontece em julho deve reunir mais de 5 mil gestores em saúde de todo o Brasil. Conteúdo retirado do JD1 Noticias.